domingo, 28 de outubro de 2007

Excesso de velocidade, manobras perigosas ou doidinhos de todo?

Parece que há cada vez mais acidentes. Não tivesse eu algum contacto com a indústria automóvel (mais que não seja, conduzo há uma série de anos), pensaria que estes senhores que fabricam viaturas andam aqui a poupar na chapa e nos sistemas de segurança para enganar o freguês, o que até explicaria as desgraças que se vêem. Mas não, na verdade os carros estão mesmo cada vez mais seguros. O problema, acho eu, é que também estão cada vez mais ágeis e rápidos. Falando por experiência própria: um Seat Ibiza, casquinha de noz com um motor de 3 cilindros, 1400 cc e uns míseros 75 cavalos de potência anda que se desunha! Não tinha molas, é certo, mas por aquele preço não pode vir com tudo não é? Bom, mas de volta ao assunto principal - os acidentes. O que é que se passa com as pessoas? Andam depressa demais, cometem manobras perigosas, distraem-se facilmente ou são apenas loucas? Eu acho que é uma mistura de tudo isto. Há condutores para todos os gostos, uns completamente irresponsáveis, outros distraídos e outros ainda que têm que ir sempre a fundo, e depois há claro todas as possibilidades de combinações entre as variantes que referi. Mas a verdade é que vemos cada barbaridade na estrada que até assusta! Ainda ontem vinha eu ontem numa avenida de 3 vias e queria ultrapassar uma viatura que seguia nos seus 50 km/h na faixa do meio. Ok, 50 km/h é a velocidade limite dentro da cidade, mas estamos a falar de uma avenida de 3 vias, à noite (sem trânsito) e ainda por cima o semáforo estava amarelo. My bad, ia mais depressa do que devia (talvez a uns estonteantes 8o km/h), mas aquela senhora (e digo senhora porque o era, não porque ache que as senhoras conduzem menos bem - o que na realidade está provado, embora não queira entrar por aí agora, talvez outro dia) lembrou-se de passar para a faixa da esquerda, onde, por acaso, estava eu a, sem pisca, e pior ainda, sem olhar pelo espelho!!! Claro que tive que sentir aquele tremelique do ABS no pé direito e senti todas as compras que tinha feito a esmagarem-se contra a placa que me separam da bagageira (é um comercial). Ainda estou para ver quando é que aquele cheiro a detergente (sim, abriu-se uma embalagem com este impaco) vai sair!

Qual de nós nunca fez nada do género? Todos, sem dúvida. Devemos fazê-lo? Não! Se fizermos o que acontece? Nada! (pelo menos se não causarmos um acidente). Mas não devia acontecer alguma coisa? (e mais uma vez, não me refiro a acidentes ok?) Sim! Mas meus amigos, é mais fácil apanhar um prevaricador em excesso de velocidade e autuá-lo em conformidade com estipulado nos requisitos legais do que apanhar um condutor em manobras perigosas. E na minha modesta opinião de quem também já se distraiu várias vezes e agradece aos tipos que estavam atentos e tiveram reflexos suficientes para que eu não batesse neles (até lhes perdoo as os minutos incessantes de buzina), o principal problema não está na velocidade (dentro de limites razoáveis, que se enccontram na minha opinião um algo cima dos estipulados por lei), mas sim nas manobras perigosas que por vezes fazemos, por distracção, pouco cuidado, etc, etc.

Radares: Não os suporto, tiram-me do sério, nunca sei se há algum não assinalado ou não. Ando mais devagar, sim. Triste, também. Vejo menos acidentes? Não.

Mas chego atrasado ao emprego.

2 comentários:

Ácido Cloridrix HCL disse...

Amigo,,, e porque será que antigamente, com muito piores estradas, tb com menos automóveis é certo,,, mas por habitante, por numero de acidentes, por carro a circular, há muitos mais acidentes agora,,, no antigamente, haviam muito menos acidentes!!! Acho que a questão reside no respeito, que havia, e agora não há,, aliás há é mta falta de respeito por nós póprios e em especial pelos outros,,, e não só nas estradas, em todos os dominios,,,, não achas????
HCL

bbastos20 disse...

Claro que sim, o respeito está na base. O respeito pela vida humana, o respeito pelo próximo... mas não deixa de ser uma questão complicado por ter tantas variáveis... Um abraço!